ACHEI MUITO INTERESSANTE E RESOLVI POSTAR...
PROGRAMA
“OLHO VIVO NA ESTRADA” A PREVENÇÃO DE COMPORTAMENTOS INSEGUROS NAS ESTRADAS
- Apresentação
- O Gerenciamento de Risco no Transporte Rodoviário
- O Nível Zero de Acidente
- Etapa I: Análise dos Acidentes Ocorridos
- Etapa II: Conscientização da Gerência da Transportadora
- Etapa III: Treinamento dos Motoristas no SEST/SENAT
- Etapa IV: Implementação na Transportadora
- Etapa V: Monitoração e Avaliação da Melhoria de Performance: realimentação do programa
- Conclusão
O programa “Olho vivo na estrada”, instituído pela Abiquim em parceria com a Abiclor, tem como objetivo prevenir atitudes inseguras no transporte de produtos perigosos por meio da conscientização dos motoristas. O “Olho vivo na estrada” é parte de um sistema de gerenciamento de riscos. A meta do programa é a redução a zero no número de acidentes nas estradas com produtos químicos.
O conceito básico do programa é de que, antes de um grande acidente, ocorreram várias pequenas falhas nos equipamentos ou nas operações de transporte que não foram comunicadas à empresa. O “Olho Vivo na Estrada” incentiva o motorista a relatar essas ocorrências, possibilitando a adoção de ações preventivas ou corretivas. O programa tem como base modelo desenvolvido e aplicado pela Dow Brasil. Um projeto piloto implementado pela empresa reduziu os acidentes classificados como sérios de cinco, em 2001, para zero ao final de 2004.
O programa “Olho vivo na estrada” tem o apoio da Associquim – Associação Brasileira do Comércio de Produtos Químicos, da NTC – Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística, da ABTLP – Associação Brasileira do Transporte e Logística de Produtos Perigosos, da Fetcesp – Federação dos Transportadores de Carga do Estado de São Paulo e do Setcesp – Sindicato das Empresas de Transporte de Carga do Estado de São Paulo. O treinamento dos motoristas profissionais é ministrado pelo Sest/Senat.
O conceito básico do programa é de que, antes de um grande acidente, ocorreram várias pequenas falhas nos equipamentos ou nas operações de transporte que não foram comunicadas à empresa. O “Olho Vivo na Estrada” incentiva o motorista a relatar essas ocorrências, possibilitando a adoção de ações preventivas ou corretivas. O programa tem como base modelo desenvolvido e aplicado pela Dow Brasil. Um projeto piloto implementado pela empresa reduziu os acidentes classificados como sérios de cinco, em 2001, para zero ao final de 2004.
O programa “Olho vivo na estrada” tem o apoio da Associquim – Associação Brasileira do Comércio de Produtos Químicos, da NTC – Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística, da ABTLP – Associação Brasileira do Transporte e Logística de Produtos Perigosos, da Fetcesp – Federação dos Transportadores de Carga do Estado de São Paulo e do Setcesp – Sindicato das Empresas de Transporte de Carga do Estado de São Paulo. O treinamento dos motoristas profissionais é ministrado pelo Sest/Senat.
O Gerenciamento de Risco no Transporte Rodoviário
Durante o século XX, o mundo foi marcado por diversos acidentes de grande impacto envolvendo indústrias, processos de fabricação, manuseio e distribuição. Esses acidentes resultaram na eliminação de negócios e na reestruturação de empresas.
Um único acidente com produto químico pode gerar a perda de vidas e causar um forte impacto sobre o meio ambiente, exigindo décadas para a sua recuperação.
O grande desafio do século XXI consiste em definir como as organizações industriais irão garantir a sustentatibilidade de seus negócios. Um sistema de gerenciamento de riscos que leve as organizações a uma condição ideal próxima ao “nível zero em acidentes”, inclusive na distribuição, é elemento essencial da resposta a esse desafio.
Em linhas gerais, os acidentes no transporte rodoviário podem ter diferentes causas, singulares ou combinadas, tais como :
• Problemas tecnológicos, como unidades de transporte sem manutenção adequada ou muito velhos;
• Problemas de infra-estrutura, tais como rodovias mal sinalizadas, mal conservadas ou com falhas estruturais de pavimentação;
• Problemas com procedimentos e regulamentações, como aplicação inadequada das legislações e dos procedimentos de gestão;
• Problemas de falhas humanas, como comportamentos inadequados levando a riscos desnecessários por diferentes motivos, incluindo a falta de treinamento ou falta de profissionalismo etc.
O comportamento humano passa a ser o item mais crítico para a diminuição de riscos de acidentes, o que exige sistemas de análise sobre como os funcionários desempenham suas tarefas.
O programa “ Olho Vivo na Estrada ” é parte de um sistema de gerenciamento de risco para a redução de acidentes, com foco no comportamento humano.
A velocidade de resposta em relação a resultados positivos é maior quando as empresas apresentam, no mínimo, a etapa de implementação de melhorias tecnológicas e de procedimentos passíveis de avaliações de auditorias, como o SASSMAQ no Brasil.
A melhoria contínua do programa e seu sucesso estão na comunicação aberta entre todos os envolvidos no transporte rodoviário, como produtores, transportadores e clientes. Mas, acima de tudo, o fundamental éSaber ouvir aquele que é o embaixador do produto químico : O MOTORISTA OLHO VIVO NA ESTRADA.
O Nível Zero de Acidente O sistema de gerenciamento de risco apresentado indica que acidentes são reduzidos com a implementação de tecnologias mais avançadas, seguido, então, da implementação de leis e procedimentos. Mesmo com procedimentos corretos e um sistema de gerenciamento de segurança excelente, os índices de acidentes tendem a ficar os mesmos, a menos que o homem mude seu comportamento.
O sistema de gerenciamento de risco inclui o programa " Olho Vivo na Estrada ” que considera o “homem e sua atitude”, mostrando uma metodologia de conscientização dos motoristas quanto aos riscos do transporte e como isto afeta o comportamento do dia-a-dia e os resultados dos acidentes.
Define-se acidente no transporte rodoviário como o evento não planejado que ocorre durante a movimentação rodoviária de um produto, classificado ou não como perigoso, embalado ou a granel, e que ocasione perdas materiais ou pessoais e ou danos ao meio ambiente e, consequentemente, à imagem do produto ou da indústria.
Esses acidentes podem ser divididos em acidentes menores, quase acidentes ou acidentes sérios. (Ref.: Indicadores e Definição de acidentes: www.abiquim.org.br )
O programa “Olho Vivo na Estrada”: um modelo de melhoria contínua em comportamento na rodovia visa previnir atitudes inseguras e atingir o nível zero em acidentes sérios.
O princípio do iceberg, apresentado na figura a seguir, mostra que acidentes sérios são na verdade uma evolução de acidentes menores no tempo ou mesmo a junção de vários acidentes menores. A análise de um acidente sério, em geral, revela uma série de incidentes menores, não corrigidos devidamente. Portanto, a eliminação dos riscos de acidentes sérios exige a investigação, correção e implementação de ações preventivas para os acidentes pequenos. Ao ser eliminada a ocorrência de acidentes pequenos, a probabilidade de ocorrência de acidentes sérios é bastante reduzida.
Como viabilizá-lo na prática?
Ocorrem entre 50 a 100 acidentes menores para cada acidente sério. O segredo é manter a atenção sobre esses acidentes menores. Considerá-los importantes, mesmo que suas conseqüências sejam menores, é o segredo da prevenção.
É aí que entra o conceito do “BBP”: “ Behavior Based Program” ou “Programa Olho Vivo na Estrada”.
O princípio do iceberg
Avaliações de acidentes ocorridos na indústria mostram que 90% ocorrem devido a falhas humanas, por motivos os mais variados, mas que no fundo envolvem um problema comportamental.
Etapa I: Análise dos Acidentes Ocorridos
(Responsabilidade: Indústria e/ou Transportadora)
1. Definir a equipe que irá avaliar os acidentes
2. Identificar todos os acidentes
3. Avaliar causas “reais” em conjunto com a transportadora
4. Classificaros acidentes em sérios ou pequenos/quase acidentes
5. Elaborar o g ráfico iceberg ( número de sérios e de menores)
6. Análisaro gráfico iceberg: acidentes menores estão sendo reportados e investigados?
7. Estabelecer os planos de ação:
2. Identificar todos os acidentes
3. Avaliar causas “reais” em conjunto com a transportadora
4. Classificaros acidentes em sérios ou pequenos/quase acidentes
5. Elaborar o g ráfico iceberg ( número de sérios e de menores)
6. Análisaro gráfico iceberg: acidentes menores estão sendo reportados e investigados?
7. Estabelecer os planos de ação:
- Tecnologia e Procedimentos => SASSMAQ
- Comportamento => Olho Vivo na Estrada
Etapa II: Conscientização da Gerência da Transportadora
(Responsabilidade: Indústria)
1. Nomear o coordenador do Programa dentro da indústria
2. Reunir-se com a Gerência das Transportadoras:
2. Reunir-se com a Gerência das Transportadoras:
- Apresentação do programa Olho Vivo na Estrada evidenciando:
- o entendimento? de acidentes pequenos / sérios
- a importância de o motorista identificar comportamentos inseguros
- a importância de o motorista escalonar as condições inseguras no cliente, na estrada e na indústria
- Quando possível, apresentaros resultados da avaliação de acidentes (Etapa I)
3. Definir? Responsabilidades:
- Transportadoras: ações para a solução dos problemas de comportamento
- Indústria: ações para a resolução dos problemas no cliente / indústria
4. Elaborar? o cronograma de implantação do Programa
A indústria deve sempre designar uma pessoa ou representante que será o canal de comunicação para reportar situações inseguras ou estabelecer o escalonamento quando necessário
A indústria deve sempre designar uma pessoa ou representante que será o canal de comunicação para reportar situações inseguras ou estabelecer o escalonamento quando necessário
Etapa III: Treinamento dos Motoristas no SEST/SENAT
(Responsabilidade: Transportadora)
1. Enviar os motoristas ao SEST/SENAT para treinamento.
2. Nível gerencial da Transportadora deve participar deste treinamento.
3. Objetivos do treinamento no SEST/SENAT:
- entender o que são acidentes pequenos ou quase acidentes
- entender que o acidente pequeno deve ser reportado e investigado
- observar todos os eventos
- listar os comportamentos críticos na rodovia
- esclarecer o uso do check-list de observações na rodovia:
- não identificar nome de motorista e nome da transportadora – “Não é dedo duro”
4. Recomendada a reciclagem a cada dois anos
A - Coleta e observação dos comportamentos críticos que ocorrem na estrada nas viagens diárias
Responsabilidade: Transportadora
1. Comportamentos críticos definidos
- Velocidade acima do limite
- Velocidade inadequada para o trecho
- Velocidade menor que a mínima aceitável
- Não respeitar a sinalização
- Sono, cansaço e falta de atenção
- Dirigir sem cinto de segurança
- Não deixar distância segura do veículo da frente
- Dirigir agressivamente/imprudentemente
- Ultrapassagens inseguras ou em locais inadequados
- Amarração inadequada da carga – embalados
- Outros
2. Formulário de coleta de observações
B - Melhoria de comportamento: avaliação das observações e acidentes menores e elaboração de planos de ação
Responsabilidade: Transportadora
- Consolidar os resultados e apresentá-los à indústria periodicamente
- Selecionar cinco comportamentos críticos mais freqüentes
- Avaliar os resultados e definir a implementação de planos de ação de melhorias
- identificar antecedentes e fatores que estão incentivando os comportamentos inseguros dos motoristas e suas consequências.
- estabelecer planos para eliminá-los, de forma a desestimular comportamentos inseguros.
Esta análise é muito particular de cada empresa, pois depende de sua política organizacional e gerencial
Responsabilidade: Indústria e Transportadora
1. Indústria monitora a implementação
2. Realiza reuniões periódicas :
- A transportadora apresenta
- os acidentes,
- o iceberg e os resultados das investigações.
- os planos de ação de melhorias
- A indústria apresenta
- os acidentes e o desempenho
- a comunicação e o escalonamento de situações inseguras nas instalações de carga/descarga.
- planos de ação de melhorias necessárias
Conclusão
O programa Atuação Responsável no Brasil é um compromisso das indústrias químicas associadas à Abiquim e representa uma ética de negócios com o objetivo de e levar o respeito e a confiança do público na indústria química, por meio de um processo de melhoria contínua em saúde, segurança, meio ambiente e sustentabilidade empresarial.
O programa “Olho Vivo na Estrada” é parte do trabalho realizado pela indústria química visando a melhoria contínua em todas as etapas da cadeia produtiva. Sem o comprometimento do motorista, sem a mudança cultural no dia-a-dia, dificilmente a empresa obterá sucesso na diminuição efetiva de acidentes.
É essencial o respeito ao desempenho e ao valor dos motoristas que transportam produtos químicos. A preservação da imagem do produto químico também depende do profissionalismo dos motoristas.
Sucesso de comprometimento:
O programa “Olho Vivo na Estrada” foi desenvolvido e adaptado às condições brasileiras por transportadoras e motoristas.
Foram os motoristas que escolheram o nome do programa e um dos participantes criou o logotipo do “Olho Vivo na Estrada”.
Várias transportadoras que aderiram ao programa já conseguiram atingir a meta zero de acidentes sérios. O desafio agora é fazer com que essa meta seja alcançada e mantida por um número crescente de transportadoras.
A monitoração e a avaliação da melhoria de desempenho é fundamental para que esses objetivos sejam atingidos pela indústria e pelas transportadoras.
Fonte: http://www.abiquim.org.br
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