Esquemas de produção no refino de petróleo
Fonte: SRP
Este
fluxograma demonstra a primeira etapa empregada nos esquemas de refino
de petróleo. É a destilação atmosférica, também chamada de destilação
direta, que promove a separação dos derivados leves e médios existentes
no petróleo. Modernamente, tornou-se muito difícil de ser adotada como
configuração única, pois não apresenta nenhuma flexibilidade tanto para
mudanças eventuais no perfil de produção (a única possibilidade é a
troca de petróleo) quanto para atendimento de requisitos mais
restritivos de qualidade de produtos (o que pode não ser resolvido
apenas por seleção de crus).
Este
fluxograma apresenta uma configuração mais avançada. À separação
primária inicial do esquema anterior acrescenta-se uma destilação a
vácuo para produzir cortes de gasóleos que alimentam um processo de
craqueamento catalítico fluido (FCC). Neste último duas correntes
nobres são geradas: o GLP e a gasolina, sendo esta de qualidade
intrínseca (octanagem) superior à obtida na destilação direta. Trata-se
de um esquema de refino bem mais flexível, embora, modernamente, possa,
também, apresentar dificuldades para enquadramento de produtos em
especificações mais rigorosas.
Este esquema de produção é ainda mais flexível e rentável, por incorporar ao anterior o processo de coqueamento que transforma uma fração de menor valor (resíduo de vácuo) em produtos mais nobres (GLP, gasolina, nafta e óleo diesel), embora, na presente configuração, a nafta e o óleo diesel não estejam sendo ofertados, por necessitarem de tratamento dadas suas características de instabilidade. A fração geradora de óleo diesel está incorporada à carga do FCC. Uma possível desvantagem dessa configuração é a geração de coque, que, entretanto, dependendo de localização, facilidades de escoamento e de aspectos de mercado pode não ser um problema.
Este
esquema de produção é, seguramente, o mais flexível e moderno de todos
por incorporar à configuração anterior o processo de hidrotratamento de
frações médias geradas no coqueamento, possibilitando o aumento da
oferta de óleo diesel de boa qualidade. Este esquema permite um maior
equilíbrio na oferta de gasolina e de óleo diesel de uma refinaria,
pois desloca parte da carga que ia do coqueamento para o FCC (processo
marcantemente produtor de gasolina) e a envia para o hidrotratamento,
gerando, então, mais óleo diesel e menos gasolina que as configurações
anteriores.
Retirado: http://www.anp.gov.br
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